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através das pestanas semicerradas pressentir o segredo. querer desatá-lo é querer desatar-te. o que faço agora de cada gota de suor? olho para trás: gosto de te ver assim, imóvel. lá fora é a morte. porque suspiras? o sol morre devagar. o teu corpo não. confunde-me de novo. as mãos. prende-me as mãos. ainda? os poros detêm as linguagens secretas que cada língua elabora na mansidão do tempo. como se foram memórias. porque não páras? espero, espero agora que me possuas com o olhar. e te despossuas a seguir. esse preciso instante em que deixas de ser tu, catedral. e te tornas hóstia derretida na minha boca.
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através das pestanas semicerradas pressentir o segredo. querer desatá-lo é querer desatar-te. o que faço agora de cada gota de suor? olho para trás: gosto de te ver assim, imóvel. lá fora é a morte. porque suspiras? o sol morre devagar. o teu corpo não. confunde-me de novo. as mãos. prende-me as mãos. ainda? os poros detêm as linguagens secretas que cada língua elabora na mansidão do tempo. como se foram memórias. porque não páras? espero, espero agora que me possuas com o olhar. e te despossuas a seguir. esse preciso instante em que deixas de ser tu, catedral. e te tornas hóstia derretida na minha boca.
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assim?
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