apetece-me algo:


morrer.
.
.
.
.
.
.
.
Photobucket
.
.
.
.
.
.
.

.
.
.
.
.
.
.
.
.

.
.
.
.
.
.
que fiques (sempre) comigo.
.
.
.
.
.
.
.
nunca mais são 10 e pouco.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
..
fazes-me falta.
.
.
.
.
.
.


..
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
qual é a utilidade que tenho na tua vida?
.
.
.
-
-
-
.
.
.
.
Photobucket
.
.
.
.
.
.
Lo que me gusta de tu cuerpo es el sexo.

...........Lo que me gusta de tu sexo es la boca.

...........................Lo que me gusta de tu boca es la lengua.

...........................................Lo que me gusta de tu lengua es el cuerpo.
.
.
.
lilyana karadjova
longos anos tem uma semana.
.
.

.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.

.
.
.
.
l'ombre de ton ombre
.
.
l'ombre de ta main
.
.
l'ombre de ton chien
.
.
.
.
.
mais
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.

...que não me deixes a chorar ao telefone porque vais ter com os teus amigos
.
.
.
.
.
mic mojo
(tenho tantas saudades tuas)
.
.
.




.
.
.
.
semear-me no teu peito
.
.
.
.
.
e aguardar que a noite desfaça este nó no meu.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
mentira não é

.
Photobucket
.
.
.



..


.
.
.
.
..
.
.
.
.
.
.
.
.............................................................
.
.
.
.
.
.
.
.............................................................................com um meigo beijo de parabéns
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.

lambe-me
.
.
.
....................................................... d ..e ..v ..a ..g ..a ..r
.
.
.
.
.
.
.
.
Photobucket
.
.
.
.
.
.
.
que em 2010
................................me apeteças
.
.
.
.......................................................................TU
.
.
.
.
.
.
.
.
e sempre
para sempre

tu

.
.
.
hoje

posso

sentir o

teu corpo nu

contra o meu corpo

nu?











amo-te. deixa-me desfalecer no teu abraço.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.

.
.
.
.
.
.
.
.

toquei-me a pensar em ti
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
..
como sempre
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.

.
.
.
.

.
.
.
.
.
.
.
.
.

Photobucket
.
.
.
.
.
.
.................................................................. (amar-te é amar esperar-te)
.
.
.

.
.
.
.
.
.
"Toco a tua boca.

Com um dedo, toco a borda da tua boca, desenhando-a como se saísse da minha mão,



como se a tua boca se entreabrisse pela primeira vez,


e basta-me fechar os olhos para tudo desfazer e começar de novo, faço nascer outra vez a boca que desejo,


a boca que a minha mão define e desenha na tua cara,




uma boca escolhida entre todas as bocas,

escolhida por mim com soberana liberdade para desenhá-la com a minha mão na tua cara e que, por um acaso que não procuro compreender,




coincide exactamente com a tua boca, que sorri por baixo da que a minha mão te desenha.



Olhas-me,

de perto me olhas, cada vez mais de perto, e então brincamos aos ciclopes,



olhando-nos cada vez mais de perto. Os olhos agigantam-se,


aproximam-se entre si, sobrepõem-se, e os ciclopes olham-se, respirando confundidos,



as bocas encontram-se e lutam sem vontade, mordendo-se com os lábios, quase não apoiando a língua nos dentes, brincando nos seus espaços onde um ar pesado vai e vem com um perfume velho e um silêncio.



Então as minhas mãos tentam fundir-se no teu cabelo, acariciar lentamente as profundezas do teu cabelo enquanto nos beijamos como se tivéssemos a boca cheia de flores ou de peixes, de movimentos vivos, de uma fragrância obscura. E se nos mordemos a dor é doce, e se nos afogamos num breve e terrível absorver simultâneo do fôlego, essa morte instantânea é bela. E há apenas uma saliva e apenas um sabor a fruta madura, e eu sinto-te tremer em mim como a lua na água."
.
.
.
.
.
.
.
.
.
(soubera eu dizer assim. soubera eu dizer assim das saudades. soubera eu dizer assim da vontade de ti, de novo, junto a mim.)
.
.
.
.





Photobucket






................................................o prazer refinado amado desejado bem vindo dos abraços




................................................carinho no teu olhar parar o tempo antes do beijo virar a




................................................pele do avessso tocar ao de leve com a língua fazer do céu




................................................a despedida voltar ao sopro como comunhão respirar aos




................................................golpes entrecortados gemer baixinho como foram súplicas




................................................sentir os teus lábios com o olhar desfazer o amor nos ases




................................................de copas abertas pelos meus dedos que acariciam serenos




................................................um sexo que conheço como mapa conquistado de prazeres




................................................todos os mesmos nunca os mesmos novo nunca é o amor




................................................quando contigo me envolvo secando as tuas lágrimas fundas




................................................antes do sorriso consolado de poder ficar mais um pouco um




................................................pouco mais na penumbra deste quarto de hotel com as portas




................................................fechadas num not disturb que é o estarmos verdadeiramente




................................................no mundo que é nosso só nosso somente nosso unicamente nós




................................................




................................................





................................................ali e sempre aqui e sempre sempre e sempre para sempre nós.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.

tenho-te de olhos fechados.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
................................................................h...o...r...a...s......e......h...o...r...a...s
.
.
.
.
.
.
.
.....................................................................................................................................................................volúpia
.
Photobucket
.
.
.
todo o sexo é encenação.
.
.
.
.
.

mas só até ao cair dos panos............................
.
.
.
quero-te.

espero-te na minha cama, de olhos fechados, fumando um cigarro, tacteando o cinzeiro, sabendo-te a chegar.

que me vais dizer para não te olhar.

que te vais encostar a mim, empurrar-me suavemente para que fique com as costas a descoberto. que vais demorar a agir. que vais aproximar a tua boca dos meus cabelos, orelha, nuca. sem nada falar. só essa respiração quente a anteceder a língua. por mim abaixo, tal como os lábios. molhados e suaves. que toda eu me arrepio. que me mexo de encontro a ti. que quero que me possuas.

não me fazes a vontade.

tocas-te. ouço o ruído do teu sexo. ouço a tua respiração agitada. ouço um e outro gemido abafado. ouço-te a vir.

levantas-te.


espero-te na minha cama, de olhos fechados, fumando um cigarro, tacteando o cinzeiro, sabendo-te a partir.



.
.
.
.
.
.
.

.
.
.
.
.
.
.

.
.
.
o som dos teus passos
.
.
.
.
.
.
.
.

Photobucket


espreito. espreito-te. os teus dedos são pincéis que inscrevem segredos de amor no meu corpo. invisíveis para mim, indecifráveis para ti. letras como castelos, letras como casas, letras como nós. um sonho, este. de sépia são feitas as nossas noites, eu imóvel, serena como um modelo que captas com o traço. desenhares-me é escreveres um romance só teu. sou o teu pergaminho, a tua tela, a pele. espreito. espreito-te. quando terminarás essa viagem através dos meus oceanos? quando os teus secarem em mim? ah amor, eu permaneço quieta, muda e absorta, um arrepio só de cada vez que o calor da ponta dos teus dedos se aproxima com a gentileza e a frescura de uma tinta-da-china a serpentear o ar. onde pararás tu? em que cova do meu ombro? em que músculo saliente? as minhas costas altivas porque cristalizadas na expectativa de mais uma letra tua. sabes o alfabeto de cor, aquele que nunca vi, que nunca conheci. na carteira da infância ensinaram-me a exercitar a mente: o corpo não era para se sentir.

quando se sente o corpo, amor, é porque ele dói. quando se sente o corpo, amor, é porque ele está fraco. quando se sente o corpo, amor, é porque o requebro do desfalecimento fá-lo sair de nós.

esta vontade de escrever um livro foram as tuas caligrafias que ma despertaram. passeias com elas por mim toda, rosa-dos-ventos da ficção que inventas em cada prega, em cada ruga, em cada pedaço alisado. ou em convulsão. e eu, de matéria, passo a ilusão, de carne, passo a sopro, de sangue, passo a água. como me consumirei além do que em mim inscreves? como serei para além do que em mim digitas?

aguardo entre o inquieta e o resignada o findar de um livro de que o nosso amor vai preenchendo as páginas. e quando já não sobrar mais centímetro onde escrevas em mim, abandonas-me? ou exibes-me nua pelas ruas, atrelada a ti pelo magnetismo do teu olhar?

ou dás-me finalmente a mão? e os teus dedos serão os meus, e as tuas tintas as minhas, e o teu corpo o meu papel?

ah, serva tua me quero para que servo meu venhas a ser: nunca descansar deste bailado esgotante da sofreguidão do romancista.


.
.
.
.
.
.
.
.
.
vá: escreve-me mais. quero vir-me no fim dessa nova linha.
.
.


.
.

.
saudades da tua boca na minha,
.............................................e em outros oceanos,


e das tuas mãos nos meus seios,
.............................................e em outros montes,



.......................................................e de eu toda em ti
.
.
.
como louca.
.
.




















despe-me.

.....................................................................................(não só com o olhar)
.
.
Tocar as margens desta página
deste corpo
como se existisse já o corpo
sem caminho
acender palavras trémulas

como se houvesse lâmpada
atravessar-te o corpo unânime
como se o visse já sob o relâmpago

dizer-te um a um
os dedos das carícias
num enxame de palavras quase vermelhas

quase
como se língua falasse sob o trovão tremendo
dizer-te esta laranja incandescente
este músculo que desce
em água doce como se te visse já e te tocasse
a pele sob esta chuva escura atravessar
a espessura
deste papel
com letras como se as letras fossem feridas
no teu corpo desenhar esse gesto despenteado
como se o corpo rolasse sob
as palavras mesmas
como se o caminho se abrisse tão perto da tua boca
É como se te respirasse se eu falasse

como se respirasse no caminho
como se estas palavras fossem já
esse caminho
para o teu corpo
como se houvesse um caminho
se eu falasse

se eu falar

Vejo-te imagem só
mas não o corpo
ou nem a imagem vejo –
mal respiro
E no entanto uma palavra ascende
O caminho é este
através
das palavras do teu corpo
são estas
as pedras
vermelhas
negras

sob a chuva
estas mãos que buscam
o caminho da espessura
são o caminho já
tão perto da tua boca
da tua língua acesa

Se eu falar
é este o caminho dos teus cabelos
da tua boca
cada palavra treme
com o temor dos teus pulsos
com a loucura feliz
desta mão que ascende
sobre o teu corpo
e desce
ao fundo
à água
do teu sexo

e beijo o teu nome
entre os teus dentes
.
.
sensualidade

a dos teus dedos em ferida por sobre a carne. oferecida.

a dos teus lábios em sangue roçando os meus. macios.
a dos teus beijos impacientes comendo os meus. ardentes.
a da tua pele suada esfregando a minha. quente.
a do teu corpo vergastando o meu. aberto.
a das tuas ancas vorazes contra as minhas. pedintes.
a do teu sexo a do teu sexo a do teu sexo. no meu.





e como tudo isto é improvável.
.
Photobucket
..........................................................................................................................ardo na expectativa de ti
.
.
:
receava-te como gelo em ferida aberta.

.
que da minha lava seca nem calor nem fenix renascessem. temia a dor de uma entrega que me expusesse à crucificação. que os sentidos me atraiçoassem e do cheiro surgisse a névoa e do tacto a escuridão. que a língua estranhasse a língua, a pele a pele, o sexo o sexo.
.
.
hesitava por entre os passos de olhos baixos em volta de coisa nenhuma. as mãos como pássaros aflitos. um medo no corpo. um susto na alma. uma memória doente, uma mágoa ainda a quente.
.
.
..
.
.
mas foi então que me abriste os braços.
.
.
ver-te ao longe é aproximar-me de ti. percorro os passos que faltam mesmo que queda. basta o olhar para reconhecer a tua boca na minha.
.
o teu sorriso liquefaz o meu.
.
.
o teu perfil encaixa no meu.
.
.
as tuas ancas esgotam as minhas.
.
.
a tua língua é sombra minha.
.
.
e o teu sexo é o meu sexo. não preciso aproximar-me de ti para te ver ao longe. porque, mesmo queda, sou sempre tua. porque, mesmo queda, desapareço em ti. porque, mesmo queda, não te esqueço nunca. porque, mesmo queda, tu me fazes viver.
.
.



.


.
.
.

.
.
.
.
.
.
..
.
.
.
.
.
.
fala-se de amor na ausência do sexo. ou pelo sexo que no amor se faz.

ele é aos pedaços. tal como as ondas.

ele é desvanescente. tal como o final.

ele é persistente. tal como a vontade.


fala-se de amor como se fala de sexo: com luz e sombra.

fala-se de amor como força: como sexo.

como carícia: como sexo.

motivo: sexo.


cala-me:
faz amor comigo.
.
.....................................................agora.
.
.
.
.
.
.
.
.
quero contagiar-te com o olhar. a púrpura dos lábios do sexo, depois. ser a alma corrosiva.
.
que a minha pele queime a tua pele, que a minha boca devore a tua boca. mas quanto mais te possuo menos te tenho. mas cada ruga das minhas mãos diz dos voos fracassados. mas respirar debaixo de água e morrer. depois vais. os lençóis como eu, amarrotados. abandonada de mim quando.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
Photobucket
.
.
.
.
........................................................shall we?
.
.
.
.
.
.
.
.
ter-te ao meu ouvido e respirar-te pelos dedos. escrever numa tela em branco como na paisagem do teu colo. cheiro o quente da tua pele que se arrepia, lábios firmemente suaves a provocar-te a chama. dispo-me perante a tua nudez. é com lentidão que o faço. olhando-te os cabelos. a curva da sobrancelha. acompanho-a e à linha do teu rosto. és memória. lembrar-te é imaginar-te. agora num gemido, agora num suspiro, agora adormecido o prazer. ouço-te baixinho e a vontade pulsa. veias que se comprimem numa delicada angústia feita de saudade. vencer a distância à luz de fim-de-tarde no meu regaço. someday. esse riso impossuível que é tão teu. tatuar os meus dentes no teu ombro. moldar as tuas mãos nas minhas. abraçar-te forte, numa fusão aflita, misturar o meu sangue no teu enquanto o socorro não vem. triunfar delicadamente por entre as sombras
.
................................................................:nossas.
.
.
.
.
.
ela subia as escadas, meias de seda, saia travada, as mãos.

bambolear as ancas, os degraus.

entrar e não fechar a porta.

olhar o espelho. ver no reflexo a outra metade de si. que.

ela abandonava-se com a certeza dos enforcados: que a morte será sempre mais doce.

a do orgasmo, execução de uma pena capital: pelo pecado do corpo que desobedece.

reencarnar o fim em cada começo de que se quer o fim.

o amor da carne, da carne viva, da carne oferecida, da carne em fogo, não se esgota na carne. fenece e ressuscita. carne é cruz.
.
.
.
(ela queria morrer a cada dia)
.
.
.
.


.
.

continua a não ser mentira.

.
.
.
.
.
.


.


tu és a minha vida.
.
.
.

.

.

.

.
.

Photobucket
seriedade . escrutínio . tranquilidade . reprovação . certeza . ..e uma ténue tristeza .
:
.
.
(amarcord.
.
.
.
.............................................a primeira pele de ti. as tuas ancas a contorcerem-se debaixo dos meus lábios: o teu sexo feito barco. a lentidão dos meus gestos, o descontrole dos teus. a segurança da minha boca, a aflição dos teus gemidos. prender-te com as mãos, empurrares-me com as tuas. abraçar-te durante o orgasmo, os teus inertes de cansaço. beijar-te a cara, fechares os olhos. sussurrar-te ternuras, responderes com suspiros. prometer-te o mundo, devolveres um sorriso.
.
.
.
.
que só tão mais tarde percebi.
.
.
que só tarde demais percebi.
.
.
.
não há esquecimento sem memória.)
.
.

.

.
diz-me como está o mar. diz-me se revolto. diz-me que me revolto. diz-me a raiva. diz-me os olhos fechados. o corpo escondido. diz-me dos cabelos. diz-me dos dedos nos cabelos. diz-me do abraço pela cintura. a nuca descoberta. diz-me do morder. diz-me a pele. diz-me do esfregar. do acariciar, diz-me. diz-me do seio tomado. nas mãos, os seios. diz-me dos lábios. fortes e fracos. diz-me dos beijos corpo afora. diz-me das pernas que se abrem. diz-me da demora. olhar. ponta da língua. diz-me do tango. diz-me do ritmo dos sexos. compassos desacertados. diz-me da vontade. diz-me do cheiro. do suor. diz-me do fogo. diz-me da insuportabilidade do momento. sustido. diz-me que recomeças. diz-me que não me obedeces. diz-me que não posso dizer. diz-me que sou somente. tua. diz. soletra o desejo: reúne as sílabas: diz o meu nome.
.
.
.
.
é num murmúrio que me venho.
.
.

.
Não ter morada

habitar

............................como um beijo
..............................entre os lábios
fingir-se ausente

e suspirar

.........................(o meu corpo
..........................................não se reconhece na espera)


percorrer com um só gesto

.............................o teu corpo

e beber toda a ternura

para refazer

o rosto em que desapareces

o abraço em que desobedeces
.
.
para ti.
Photobucket
.........................................................................................................parabéns, meu amor.
.
.
.
.
(mas és tu a minha prenda todos os dias)
.
.
amanhã, o silêncio.


.....................................Cedros, abetos,
.....................................pinheiros novos.
.....................................O que há no tecto
.....................................do céu deserto,
.....................................além do grito?
.....................................Tudo o que é nosso.

.....................................São os teus olhos
.....................................desmesurados,
.....................................lagos enormes,
.....................................mas concentrados
.............................................nos meus sentidos.
.....................................Tudo o que é nosso
.....................................é excessivo.

.....................................E a minha boca,
.....................................de tão rasgada,
.....................................corre-te o corpo
.....................................de pólo a pólo,
.....................................desfaz-te o colo
.....................................de espádua a espádua,
.....................................são os teus olhos,
.....................................depois o grito.

.....................................Cedros, abetos,
.....................................pinheiros novos.
.....................................É o regresso.
.....................................É no silêncio
.....................................de outro extremo
.....................................desta cidade
.....................................a tua casa.
.....................................É no teu quarto
.....................................de novo o grito.

.....................................E mais nocturna
.....................................do que nunca
.....................................a envergadura
.....................................das nossas asas.
.....................................Punhal de vento,
.....................................rosa de espuma:
.....................................morre o desejo,
.............................................nasce a ternura.
.....................................Mas que silêncio
.....................................na tua casa.



.
.


Photobucket

.
.
.

(não pares)
.
.
.
.
.
.
quero misturar a minha saliva no teu sabor acre.


(visto-te de tesão)


cubro o teu sexo sem nunca o esgotar:

o meu corpo é incapaz de soçobrar o teu.


(lume)


como em


(cada encontro de bocas)


gemidos, faróis meus.


contudo


sem fôlego, sem ar, sem socorro.



ser tua toda só de ti.

(esta noite quero ver-te)

ser nua toda só para ti.

(esta noite quero ter-te)



só em ti, ser eu.

.
.

hannes caspar

.

.
.
.



.
.

toquei-te no ombro
.
...................e a marca ficou lá
.
.
.
.
.
.
.
.

.

.

.
.
.
.

não sei se mais estonteia

a luz que provocas no meu corpo

se o meu corpo a chispar no teu.


.

(é este o nosso natal todos os dias)


.


(amo-te)

.
.
pegaras-me na cara com as duas mãos. lamberas a minha boca. enroscaras a tua língua na minha. abraçaras-me longamente. sentiras os meus mamilos a enrijecer. escorregaras as mãos pelas minhas costas. fundiras-me no teu afago. repousara, eu, no teu pescoço. sentira-me adormecer. não me deixaras. apertaras-me contra ti. despiras-me lentamente. deitaras-me de costas. olharas para mim. ficaras imóvel. tremera eu de inquietação. acarinharas a minha pele. arrepiara-me eu a cada toque. beijaras-me o sexo húmido. viajaras com destino. chegáramos.
.
.
.
e eu chorara.
.
dormiras nas minhas lágrimas. secara eu em ti.
.
.
.
fora sempre assim.
.
.....................................................................................................................................................(saudades)
.
.
.
.
.

Photobucket
.
toma-me o seio. como gostas: sem tensão. sem provocação. sem outro desejo senão
.
.......................................................................................................o do paraíso reencontrado.
.
.
(escusada a canção de embalar: a paz dos inocentes)
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
...................................o meu corpo é nu
.
...................................o meu corpo és tu
.
...................................o meu corpo é só
.
...................................o meu corpo, meu amor, está frio.
.
...................................esperando-te. que tudo se torne quente. que tudo se torne nosso. que tudo seja em nós. que tudo seja tudo.
.
.
(por que estás tão longe?)
.
.
.
.
ela quis. pelas costas.
.
.
.
.
o abraço.
.
o sexo sentiu. sentiu-se. a mão procurou. os dedos. os dedos da mão.
língua como barco. nesse lago. o teu. que me atraca. pouso e permaneço.
pequenas ondas que embalo. era de noite.
.

.
.............................(gosto que me gemas assim. a tua respiração como o meu compasso. entre os movimentos dos corpos, o suor: desejo escoado em lágrimas.)
.
.
o orgasmo que se sustém. quero o teu grito como súplica. quero que me pertenças nesse preciso instante em que és na ponta da minha língua.

.
.
.
.
ela quer.
.
.
.
.



.
.
.
..
.
.
.
.
.


.


.

está quase.


.
.

.
os dedos, entrelaçados.

(por cima da tua cabeça)

os beijos, longos.
.

(o deleite)
.

liberto uma mão.

desço pelas curvas de ti.


(reconhecer-te é conhecer-te)


amo-te lentamente.


para sempre é sempre a primeira vez.
.
.
.
.
de joelhos.

boca entreaberta.

molhada de mim.

a luz vinda do fundo do olhar entregue, indefeso, despojado.

em adoração.


deslizo-me pelas tuas costas. afago o momento. sussurro-te a minha ternura.




o meu corpo é amar-te.
.
.
.
.
.

a mão pousada no sexo.
.

naquela precisa curva entre o ombro e o pescoço, o rosto.
.

o corpo quente de um desejo acabado de consumar.
.
.

silêncio em redor.
.

.

estou viciada em ti.

(não é receio, nem confissão, nem apelo: uma promessa murmurada.)
.

estou.
.
.
.
.
.



.
repousa em mim.
.
.
.
.
.
.


.
.
(num silêncio calmo).............................................................................(paulatinamente, o mundo em compasso dócil)

.
.
.

.
tanger o corpo temendo a solidão desta pele que se desorienta quando levas a tua sombra, lençóis fora, deslizando sobre mim essa respiração quente de quando me queres querendo-te sem remissão. cravas-me as mãos na cintura. obrigas-me a um jogo que é só teu. e eu deixo.
.
.

enrolar-me sobre os teus cabelos receando a desventura de te perder a cada beijo que o meu sexo te dá, paredes acima, trepando sobre ti umas mãos escorregadias de quando te quero querendo-me sem pudor. puxo a tua nuca contra mim. ordeno-te um prazer que é só meu. e tu deixas.
.
.

.
apagamos a luz. somos um neste dois que somos nós. e, porque o sabemos, deixamo-nos.
.
.
.
é num abraço que adormecemos em paz.
.
.
.
.





















até que a pele nos doa

.
.
.
.
ser beijada apaixonadamente. fogosamente. beijos longos e macios e fundos. a respiração ofegante, gemidos entrecortados à medida que o desejo cresce. ser beijada enquanto me tocas. ser beijada naquilo que tocaste. ter os seios sorvidos por uma boca gulosa e quente. ter as mãos a percorrer-me o corpo em simultâneo. beijos na cara, no pescoço, na orelha. ouvir gemer, ouvir murmúrios de paixão, ouvir indecências sussurradas. ter em cima de mim o teu corpo quente e suado. ser abraçada e acarinhada e tranquilizada após o orgasmo. sentir que foi amor que se fez no amor que se exprime em palavras doces ditas perto dos meus lábios ainda exangues.



.
.
.
.
.
.................................................................. (cárcere meu.)
.
.
e x a c t a m e n t e
.
.


nicole kidman

...............................................................................................................................................................................(exactamente)
.
.
.
erotismo: vestir. vestir-se. ser-se vestida.


..................................
.
.
.
,
.
com a exactidão dum desejo direccionado:
...............................................em voo de borboleta.
.
.





.

(na tua direcção)
.
.

.
Photobucket
.

até ti.



eterno destino o meu: preciso do teu sorriso para respirar. desmaia devagar nos meus lábios. os teus. deixa que as línguas se reconheçam mais uma vez; e outra ainda. que as ondas se espraiem em sabores rarefeitos. que as ternuras irrompam entre gemidos. que o silêncio caia entre orgasmos. que a noite, mansamente, embale: o abraço. e que seja suspirando que em ti me perca.




para sempre.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.

nem sei o que seja amar se não tiver o teu nome.
.
.
.


.
.
.
..
.
.
.
é quando adormeces que eu sei que sou tua.

que pertenço à tua respiração pausada e silenciosa.



que a linguagem dos corpos em convulsão tem como propósito essa bonança.

.......................................................................também da alma.

e que a minha, a minha alma, é-te íntima através da pele que nos trocámos.



bendito suor, bendito calor, bendito vulcão o nosso.


abraça-me.

abraça-me e adormece.


porque só nesse momento, meu amor, tenho a certeza, pura e absoluta, de quanto me sou em ti.
.

.
.
um bolero, ao longe, chegava por entre as persianas entreabertas.
.

..............um tango bem perto: a cama como salão.

.................................................................................revira-me.

.................................................................................dobra-me.

.................................................................................volteia-me.

.................................................................................conduz-me.

...........................................................domina-me.


.............................................................................................(e não me deixes gemer)


.............................................................................................(nunca)
.
.
vontade da tua vontade. desse teu olhar quente e seguro e fixo e profundo.


das vagas aos pedaços.
.
.
desejo do tremor.
.
.
do fundo do fundo.
.
.

(impaciente. ela estava impaciente. pelo momento único do naufrágio.

em que se soltavam as velas, desastradas.

em que um gemido exangue era o sinal para submergir, de novo.


suspirou.)



não tardes. o meu corpo está pronto a morrer no teu.
.
.
.
.
vontade da tua vontade. desse teu olhar quente e seguro e fixo e profundo. das vagas aos pedaços.
.
.
.
desejo do tremor.
.
.
do fundo do fundo.
.
.
.
........................................ naufragar.




a minha ilha deserta somos nós.
.
.
.
Photobucket

nem o teu beijo nem o teu cheiro nem o calor do teu corpo nem o toque do teu sexo. ou das mãos.



..........................................................................................nunca mais chega a noite.


(ela conhecia-lhe os passos. estacava, mal respirava.


fechava os olhos. ouvia as roupas a serem despidas - em silêncio. entreabria-lhe as pernas, lentamente.



..............................................e assim ficavam.)



(até que)


.....................................................................................................................nunca mais chega a noite, pensou ela.
,