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tanger o corpo temendo a solidão desta pele que se desorienta quando levas a tua sombra, lençóis fora, deslizando sobre mim essa respiração quente de quando me queres querendo-te sem remissão. cravas-me as mãos na cintura. obrigas-me a um jogo que é só teu. e eu deixo.
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enrolar-me sobre os teus cabelos receando a desventura de te perder a cada beijo que o meu sexo te dá, paredes acima, trepando sobre ti umas mãos escorregadias de quando te quero querendo-me sem pudor. puxo a tua nuca contra mim. ordeno-te um prazer que é só meu. e tu deixas.
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apagamos a luz. somos um neste dois que somos nós. e, porque o sabemos, deixamo-nos.
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é num abraço que adormecemos em paz.
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