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(amarcord.
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.............................................a primeira pele de ti. as tuas ancas a contorcerem-se debaixo dos meus lábios: o teu sexo feito barco. a lentidão dos meus gestos, o descontrole dos teus. a segurança da minha boca, a aflição dos teus gemidos. prender-te com as mãos, empurrares-me com as tuas. abraçar-te durante o orgasmo, os teus inertes de cansaço. beijar-te a cara, fechares os olhos. sussurrar-te ternuras, responderes com suspiros. prometer-te o mundo, devolveres um sorriso.
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que só tão mais tarde percebi.
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que só tarde demais percebi.
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não há esquecimento sem memória.)
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2 comentários:

Anónimo disse...

A memória ... céu ou inferno? Foi o céu que virou inferno na impossibilidade do esquecimento. Memórias novas.. precisam-se!

sou eu disse...

sim, mas também o contrário: só se pode esquecer o que é ou foi memória. e o esquecimento, também ele, pode ser céu ou inferno. mas, muitas vezes - como nesta - é paraíso.