:
receava-te como gelo em ferida aberta.

.
que da minha lava seca nem calor nem fenix renascessem. temia a dor de uma entrega que me expusesse à crucificação. que os sentidos me atraiçoassem e do cheiro surgisse a névoa e do tacto a escuridão. que a língua estranhasse a língua, a pele a pele, o sexo o sexo.
.
.
hesitava por entre os passos de olhos baixos em volta de coisa nenhuma. as mãos como pássaros aflitos. um medo no corpo. um susto na alma. uma memória doente, uma mágoa ainda a quente.
.
.
..
.
.
mas foi então que me abriste os braços.
.
.

2 comentários:

Anónimo disse...

e foi então que permitiste o enlace...




(sinto-me agraciada neste abraço profundo que é o nosso)

sou eu disse...

(já escrevi e apaguei tantas vezes)